Nos rios da Babilônia,
às margens do Sena,
no Rubicão, Ipiranga,
ou mesmo no córrego aqui da vila,
um sentimento de efêmera
eternidade,
de um não retorno: ponto de
inflexão.
Eis o fim das grandes ideias,
das grades que ocultam flores,
de um tempo que se apaga pouco a
pouco.
A revolução acabou,
o sonho definhou,
(todos já foram guilhotinados)
e no jogo do poder já se entrevê
a ascensão de um novo déspota.
Por todos os lados, até onde a
vista alcança,
milhares e milhares de estátuas
de sal.