O morrer como um viver sem
paixão,
um estar no mundo como que em
descompasso,
ferido, cambaleante, amargurado.
As mãos quebradas, o coração
solitário;
o cansaço das relações fugidias e
truncadas.
Ontem mesmo você estava aqui,
e conversávamos sobre a vida;
hoje o silêncio grita exasperado.
Gira, gira mundo em alta
velocidade,
derramando em nós uma quantidade
infinita de bits e bytes;
informações, no mais das vezes,
desnecessárias.
Passagem rápida dos dias, horas,
amigos e amores;
sucessão sucessiva de um vazio
acachapante.