Num rio que corre ao luar,
uma canção que jamais será
ouvida.
Quando fecho os olhos,
iridescentes devaneios colorem
toda a gris existência.
O Condor voa acima dos
ciprestes, vales e montanhas,
perpassa com leveza o que antes
era sofrimento e morte.
Reescrevo os próximos
capítulos,
desfaço a hermenêutica vigente
e me descalço para seguir em
frente.
Na dourada e sangrenta estrada
de tijolos esquecidos,
ergo minha voz e canto:
amor, miséria e pranto.