Estou diante de ti
– um abismo se abre à minha
frente –,
procuro palavras, mas não as
encontro.
Diante dos teus olhos, do teu
sorriso,
o tempo desacelera,
percebo então cada nuance, cada
gesto,
e de repente não te vejo mais;
mergulho em mim mesmo,
faço de ti o ideal perfeito,
pintura renascentista,
estátua grega.
Estremeço diante dos teus
olhos,
diante da obra-prima por mim
criada;
tu continuas a me fitar,
sorrindo,
e eu não enxergo é mais nada.