Não quero escrever nada muito
profundo,
não quero ser tomado por um
tolo sentimento
do quanto os oprimidos sofrem,
ou de quanta injustiça há no
mundo;
quero apenas viver aquilo que
pode ser vivido.
No prosaísmo do cotidiano, papo
furado entre amigos,
boa comida, um bom vinho,
trabalho – dia após dia,
descanso, família.
Sempre contra um mundo melhor,
contra um novo homem,
mas com posturas e valores, é
claro;
só os chatos e entediados já
acordam pensando em revolução.