Tropeço na noção de tempo
e me esparramo na relva
molhada;
contemplo nuvens de glórias
passageiras
até mergulhar num céu
azul-piscina.
Volto aos tempos de criança.
Há uma toca de coelho no meu
jardim;
faço-me de explorador e,
audacioso,
encontro Beatriz e Virgílio
pelo caminho.
Hipopótamo, anos, séculos,
eras...
Tudo retorna para o mesmo
ponto,
para a mesma singularidade.
A vertigem finalmente passa,
descerro os olhos:
nuvens,
céu azul, infinito