Alma pouco gentil, que me
partiste,
deixando a minha vida
descontente;
encontrou outra... foi-se
impunemente,
deixando-me aqui deveras
triste.
...
julho 20, 2016
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Mudam-se os tempos, mas não as
iniquidades,
Muda-se o ser, fica a
desconfiança;
Tu és passado… É tempo de
mudança…
Vislumbro novas possibilidades.
...
julho 19, 2016
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Sente-se.
Ouça as minhas palavras, mas
não as ouça com fervor; muito menos busque mistérios escondidos em cada fresta,
em cada cantinho.
O caminho era acidentado;
uma tênue luz ao longe
brilhava.
A pouco e pouco a velha casinha
despontava.
A grade estava enferrujada;
o jardim, coberto de mato;
e a varanda, empoeirada.
Nenhum cachorro latiu…
Não havia ninguém à minha
espera.
julho 19, 2016
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Não vou aqui multiplicar
palavras.
A claridade nem tudo evidencia.
O porão, trancado, está cheio
de traquinagens
e de caixas empoeiradas.
A chave!? Bem… escondida.
julho 17, 2016
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desaprendendo
tudo aquilo que aprendi na escola
duvidando
finalmente da minha razão infalível
descrendo
das muitas coisas que vi e vivi
O mundo não é mais o de
outrora...
Atravesso um jardim de rosas e
cactos,
aprecio a beleza triste e
singular que emana
de um mundo circundante no qual
sou
apenas um transeunte cego e
desavisado.
julho 17, 2016
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Menos açúcar, por favor
escrevo, reescrevo, rasgo
Nas entrelinhas
tento suprir o que a minha
excessiva adjetivação não
alcançou
Silêncio
mudo o que estava ancorado
contínua busca perdida da
vida, amor e arte
deriva
julho 16, 2016
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Um dia
desses, eu pego você e acabo com essa sua mise-en-scène.
Sairei com certeza todo arranhado mas contente. Abandonarei o fio de Ariadne
para me perder definitivamente no labirinto insondável do seu coração. E nada
mais de artimanhas e precipitações, minha felina ferina. Previsão do tempo para
amanhã: “Choverá sobre o nosso amor.”
L.
julho 16, 2016
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Procuro
desesperadamente no site de busca e apreensão; não acho nenhuma resposta que me
prenda. Desencano. Parto pra outra. O sossego não dura muito. De repente, estou
de volta à mesma cela de sempre. Não me faço de rogado, planejo a minha última
e mais extraordinária fuga. Todos ficam atônitos. Mais uma vez escapo com
brilhantismo do brilho cortante dos teus olhos. Mas não se preocupe, nos
veremos outras vezes.
julho 14, 2016
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É um
legítimo caso de urucubaca, chikungunya, ziquizira. Aleluia! Está chovendo...
chovendo utopias. Sem querer tropeçamos de repente no futuro, tudo parecia tão
promissor, tão primeiro-mundista... O sonho acabou, John, e agora? Eis que
acordamos com ramela nos olhos, dor de cabeça e – olhando para o lado – em má
companhia.
julho 13, 2016
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O Brasil se autodescobrirá no
dia em que descobrir que na verdade não sabia praticamente nada sobre si mesmo.
julho 12, 2016
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Fugindo
de mim mesmo, corro até tropeçar numa pedra. Percebo então que todos os
caminhos me levam de volta àquele mesmo lugar. O telefone toca mas eu nem ligo,
sigo em frente. São 6h15. Aurora se aproxima e me pega pela mão. Atravesso com
ela a Via Ápia. A cidade aberta está logo ali… Olho no espelho e vejo Amor
rindo de mim.
julho 11, 2016
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Labores monocromáticos
Suor, repetição, fadiga
Massa corpórea
A l o n g a m e n t o s
Gente fina, endorfina
Vida, saúde, bem-estar
Ah, e muita, muita caloria.Contador de calorias |
julho 10, 2016
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Não
crer na possibilidade de que algo se concretize pode nos levar à não realização
de algo que poderia ou não se realizar. Jogo um dado… dois… Me escondo embaixo
da mesa; canto uma canção que faz serenar trovões e tempestades. Mão forte…
Full House… Retruco, mas a casa está vazia. Bingo!
julho 10, 2016
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Silêncio...
Uma casa vazia...
Vários cômodos inexplorados...
Algumas luzes atravessam
estreitas janelas;
ouço alguns ruídos esparsos.
Não há nenhuma porta.
Tento descobrir o que se passa
lá fora,
e, com as poucas informações
que obtenho,
rascunho o meu próprio
universo.
junho 29, 2016
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