Um dia
desses, eu pego você e acabo com essa sua mise-en-scène.
Sairei com certeza todo arranhado mas contente. Abandonarei o fio de Ariadne
para me perder definitivamente no labirinto insondável do seu coração. E nada
mais de artimanhas e precipitações, minha felina ferina. Previsão do tempo para
amanhã: “Choverá sobre o nosso amor.”
Procuro
desesperadamente no site de busca e apreensão; não acho nenhuma resposta que me
prenda. Desencano. Parto pra outra. O sossego não dura muito. De repente, estou
de volta à mesma cela de sempre. Não me faço de rogado, planejo a minha última
e mais extraordinária fuga. Todos ficam atônitos. Mais uma vez escapo com
brilhantismo do brilho cortante dos teus olhos. Mas não se preocupe, nos
veremos outras vezes.
É um
legítimo caso de urucubaca, chikungunya, ziquizira. Aleluia! Está chovendo...
chovendo utopias. Sem querer tropeçamos de repente no futuro, tudo parecia tão
promissor, tão primeiro-mundista... O sonho acabou, John, e agora? Eis que
acordamos com ramela nos olhos, dor de cabeça e – olhando para o lado – em má
companhia.
Fugindo
de mim mesmo, corro até tropeçar numa pedra. Percebo então que todos os
caminhos me levam de volta àquele mesmo lugar. O telefone toca mas eu nem ligo,
sigo em frente. São 6h15. Aurora se aproxima e me pega pela mão. Atravesso com
ela a Via Ápia. A cidade aberta está logo ali… Olho no espelho e vejo Amor
rindo de mim.
Não
crer na possibilidade de que algo se concretize pode nos levar à não realização
de algo que poderia ou não se realizar. Jogo um dado… dois… Me escondo embaixo
da mesa; canto uma canção que faz serenar trovões e tempestades. Mão forte…
Full House… Retruco, mas a casa está vazia. Bingo!
Linda, linda moça, ouça o seu coração! Saiba que não há amanhã, não há caminho de volta. Aqui uma conversa moderna : você é minh...
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Espero que o conteúdo deste blog seja útil e agradável para todos os que aqui adentrarem. Desde já, muito obrigado por sua visita. Volte sempre! (Fulvio Denofre)