Tudo se perde com o tempo:
perde-se a vergonha,
perde-se a fantasia,
perde-se a alegria,
perde-se a vitalidade,
perde-se, aos poucos, a
esperança.
Alguns perdem até os cabelos,
mas não a barriga.
E, se longeva a vida for,
perdemos, inclusive, as pessoas
que mais amamos.
Tal processo, apesar de
doloroso, é imprescindível;
perder é, antes de tudo,
amadurecer.
É preciso deixar para trás toda
a carga inútil,
todo o peso morto;
seguir em frente, até que não
reste mais nada;
só assim conseguiremos chegar,
com altivez, ao fim desta jornada.