Quando
penso no tempo que já se passou, percebo o quanto eu era ingênuo e, hoje me
olhando no espelho, chego à conclusão que ainda o sou. Feliz o tempo em que eu
achava que te amava, hoje não sei nem mais dizer o que é o amor. E, apesar
desta minha constatação no espelho, sinto que algo em mim mudou, não sei dizer
ao certo quando ocorreu tal mudança, mas isso agora pouco importa. Levo comigo
apenas uma certeza: nada será como antes.
“... vida diferente não quer dizer vida
pior; é outra coisa. A certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida
de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho
que a fez molesta...” (Machado de Assis – Dom Casmurrro – Cap. 2)
Por
entre flores e espinhos, seguimos o nosso caminho, quase sempre tão mergulhados
na ânsia de completarmos o nosso itinerário e recebermos deste modo as glórias
que são devidas àqueles que se esforçaram para conquistar a tão almejada
vitória, que acabamos nos esquecendo de algo fundamental: vencer é importante,
mas não é tudo. Devemos também aproveitar e desfrutar de cada passo deste longo
caminho, desta longa jornada, que é a vida. Os passos muitas vezes justificam
toda uma jornada. Do que nos valerá os louros da vitória se nos esquecermos de
colher as flores que margeiam a nossa existência, se deixarmos de aproveitar os
bons momentos junto daqueles que amamos, se só o que fizermos for buscar o
nosso próprio interesse, nos lamentando por causa de “uma pedra no meio do
caminho”. Na vida sempre haverá o sofrimento, e diante da dor há duas opções possíveis:
amargurar-se, julgando-se vítima das circunstâncias; ou crescer, buscando
aprender da vida o seu verdadeiro sentido. O que fazemos hoje terá um impacto
decisivo no que nos tornaremos amanhã.
Erigimos
um mundo sobre premissas que, à luz deste novo amanhecer, se nos mostraram
falsas e equivocadas. Precisamos urgentemente refazer o nosso caminho, procurar
a senda perdida no tempo na qual nos desviamos e, com isso, poder reconstruir
aquilo que, de fato, sempre foi nosso: a vida autêntica e autônoma,
afugentando, de uma vez por todas, os fantasmas do passado que, ainda no início
deste novo milênio, nos perseguem. Quem sabe assim, conseguiremos
definitivamente edificar uma sociedade pautada em uma nova moral, em novos
princípios e em novos relacionamentos. Uma sociedade forte, livre e
verdadeiramente humana.
Linda, linda moça, ouça o seu coração! Saiba que não há amanhã, não há caminho de volta. Aqui uma conversa moderna : você é minh...
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