Por
entre flores e espinhos, seguimos o nosso caminho, quase sempre tão mergulhados
na ânsia de completarmos o nosso itinerário e recebermos deste modo as glórias
que são devidas àqueles que se esforçaram para conquistar a tão almejada
vitória, que acabamos nos esquecendo de algo fundamental: vencer é importante,
mas não é tudo. Devemos também aproveitar e desfrutar de cada passo deste longo
caminho, desta longa jornada, que é a vida. Os passos muitas vezes justificam
toda uma jornada. Do que nos valerá os louros da vitória se nos esquecermos de
colher as flores que margeiam a nossa existência, se deixarmos de aproveitar os
bons momentos junto daqueles que amamos, se só o que fizermos for buscar o
nosso próprio interesse, nos lamentando por causa de “uma pedra no meio do
caminho”. Na vida sempre haverá o sofrimento, e diante da dor há duas opções possíveis:
amargurar-se, julgando-se vítima das circunstâncias; ou crescer, buscando
aprender da vida o seu verdadeiro sentido. O que fazemos hoje terá um impacto
decisivo no que nos tornaremos amanhã.
O poeta morreu...
Morreu de tanta solidão.
Desistiu de amar...
E, por isso, hoje não quer mais
cantar;
o seu canto perdeu a emoção.
Ele vive agora contando
dinheiro,
buscando o melhor negócio,
a barganha perfeita, o lucro
fácil;
tornou-se o homem da lógica e
da razão.
Não há mais espaços para o
sonho,
é tudo frio, calculado...
Ele só se esqueceu de que, na
vida,
o amor não tem preço não.
setembro 20, 2014
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Erigimos
um mundo sobre premissas que, à luz deste novo amanhecer, se nos mostraram
falsas e equivocadas. Precisamos urgentemente refazer o nosso caminho, procurar
a senda perdida no tempo na qual nos desviamos e, com isso, poder reconstruir
aquilo que, de fato, sempre foi nosso: a vida autêntica e autônoma,
afugentando, de uma vez por todas, os fantasmas do passado que, ainda no início
deste novo milênio, nos perseguem. Quem sabe assim, conseguiremos
definitivamente edificar uma sociedade pautada em uma nova moral, em novos
princípios e em novos relacionamentos. Uma sociedade forte, livre e
verdadeiramente humana.
setembro 19, 2014
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Imaginação real ou realidade
imaginária?
O que se esconde por trás do
véu das aparências?
Quando a verdade se transmutar
em ilusão,
e a ilusão em realidade,
quando não conseguirdes
distinguir
a fantasia autêntica da fantasia
inventada,
quando o chão aos vossos pés se
evaporar
e pisardes na estrada concreta
dos sonhos,
reconhecereis a riqueza de
vossa própria subjetividade:
Complexa, contraditória e,
acima de tudo, limitada.
setembro 19, 2014
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Destino sem rumo sem destino;
caminho perdido caminho
que me leva ao fundo.
Entre olhares,
vago pelo mundo.
Quem sabe, um dia,
eu me aprumo.
setembro 18, 2014
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setembro 17, 2014
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Se você considera o passado
melhor que o presente,
se você acha que o homem é
essencialmente bom,
se você idealiza a mulher
perfeita,
se você sacraliza a natureza,
se você sonha com um mundo
melhor,
você, infelizmente, é um
romântico.
setembro 16, 2014
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setembro 16, 2014
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Oh,
Musetta, quando você se vai
docemente
pela vida, sinto em mim
um novo
alvorecer, como se a noite,
clara como
o dia à sua passagem,
me
revelasse algo inominável.
Algo que
se esconde no brilho dos seus olhos,
na sua elegante silhueta,
no seu fulgor
primaveril.
Algo,
portanto, que não sei nem ouso dizer,
mas que
permanece na minha memória,
no meu
coração, como um etéreo perfume,
mesmo
que eu fique vários dias sem lhe ver.
setembro 15, 2014
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O
desespero espera pacientemente, dia após dia, por uma oportunidade. Almeja
emergir do profundo oceano do qual foi colocado. Quebrar o equilíbrio instável
e racional do qual, muitas vezes, gostamos de nos vangloriar. O terror nos
assola a todo instante. Incerto e exasperante, ele está dentro de cada um de
nós. Somos todos uma imagem refletida de nossos maiores e mais latentes medos.
setembro 13, 2014
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setembro 12, 2014
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Se o
sol deixasse de brilhar...
Se o
mar secasse...
Se o
tempo parasse...
Se você
nunca mais voltasse...
No
entanto,
o sol
alegremente nasce todos os dias,
o mar
persiste em seu ritmo ondular,
o tempo
permanece a devorar,
e você
de novo ao meu lado aqui está.
setembro 11, 2014
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Oh, mar revolto, que tanto me
agonia,
e me leva para longe do meu
porto,
fazendo-me viver em
desconforto,
por que me fazes sofrer noite e
dia?
Sou apenas um náufrago da
existência
nadando em pensamentos, absorto,
triste, alquebrado, mas não
morto,
buscando a minha própria
essência.
Por que não me auxilias, Rei do
Mar?
Torna para mim os ventos
favoráveis,
liberta-me do perigo de
afundar!
Netuno: – É muito mais fácil
singrar
por rotas conhecidas e
memoráveis
do que sozinho um caminho
encontrar.
setembro 03, 2014
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A inexorabilidade do tempo
não posso vencer.
Tudo se oblitera com o passar
dos anos,
amores, verdades e tantos
desenganos
que tanto nos fizeram sofrer.
No fim, não restará mais nada,
a não ser o vazio preexistente
do Cosmos
onde tudo começara.
setembro 03, 2014
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Culpa!? Por quê?
O que fiz está feito,
nada posso mudar;
o passado é um quebra-cabeças
que tento montar.
Porém, inconscientemente
persiste
uma culpa hereditária,
um quê de contrição,
eis a nossa precária condição.
setembro 03, 2014
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