Deuses que podemos tocar,
mundos que podemos ver,
imperfeições que nos fazem
humanos:
tudo parte da comédia divina e
mundana do cotidiano.
Sou um pagão, um herege,
caminhando entre lobos,
entre criaturas que dançam no
escuro.
Para além do dionisíaco e do
apolíneo,
do sagrado e do profano,
um senso de que só a impermanência realmente permanece,
de que o nosso tempo está se esgotando.
Prazeres secretos, curas para
aquilo que não há cura, sonhos que mais parecem pesadelos;
sucessão absurda, poema
pretérito.