Nada tenho que realmente me pertença.
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Achei, um dia, que nos
pertencíamos, inseparáveis,
como um sistema binário em uma
eterna dança gravitacional.
O átomo da vida manterá a sua
majestosa integridade, eu pensava;
oh, fissão de minhas etéreas
certezas.
Dúvidas, dúvidas e dívidas foram
o que me restaram...
Na nuvem de gás e poeira que me
habita,
sentimentos não revelados e
verdades nunca ditas.
***
– inércia –
Zero Absoluto
***
Talvez nas luas de Saturno,
quem sabe para além da nuvem de
Oort,
uma supernova,
trazendo a vida por meio da
morte,
nos revele o até então
desconhecido óbvio.