Vagando entre as criaturas da
noite,
com um coração petrificado,
vejo lúgubres figuras,
sonhos terríficos,
o passar dilacerante do tempo.
***
Tento – sem nunca conseguir – acabar
com tudo,
com a viscosa esperança que me
persegue,
com a consciência de que não há
caminho de volta.
Até agora nenhum sintoma
aparente, febre ou loucura;
a normalidade se mostra em toda a
sua triste magnificência.
***
À sombra de um cipreste,
longe de qualquer presença humana,
contemplo o vasto e indiferente
céu outonal.