Fino Amor
Teodolinda, Leonor, Heloísa,
iluminuras de um passado
descontente,
doutas mulheres de uma ímpar tessitura,
fazedoras de sonhos e
sofrimentos.
Quisera eu viver provençais
amores,
com seus êxtases, sais e
olores.
Quisera poder me arrastar pelo
mundo,
ungido por um amor premente,
dizendo a toda gente que
culpado sou.
Ah, e pelo menos uma vez, ao
som do alaúde,
contemplando tal formoso
semblante,
conseguir me aproximar num
rompante
e confessar meu anacrônico flagelo:
um amor cortês sem castelo.
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