Ninguém assistiu à morte de seu
último afeto,
ninguém presenciou o vazio que
devassa toda a sua alma;
tudo se perdeu aos poucos, sem
audiência,
sem que você mesmo percebesse.
Você caminha agora a esmo,
com o olhar cheio de vacuidades,
com um sorriso autômato no
semblante.
Você vive uma vida desamante,
de momentos opacos,
de horizontes inalcançáveis...
Você vê demais! Percebe, pois,
o tecido feito de pequenas e grandes ilusões que perpassa toda a existência.