Mesmo
sabendo que nunca encontraremos um sentido a
priori que justifique a nossa existência. Mesmo tendo consciência de que
caminhamos inexoravelmente rumo ao Nada, ao vazio que abarca a tudo e a todos
em algum ponto do futuro. Mesmo reconhecendo a insignificância do ser e a sua
total irrelevância, seja em atos, palavras ou obras. Mesmo assim, quero
registrar aqui algo indubitável: és importante e deveras querido em meu
universo interior, que é o lugar onde habita a essência mutável daquilo que sou
– pelo menos por um breve período.