Profanar
é um verbo que, hoje em dia, está muito em voga. No entanto, acautelemo-nos.
Quando retiramos o sagrado de seu devido lugar, tornando tudo mundano, perdemos
a noção da necessidade de uma hierarquia de valores. Quando tudo é importante,
quando tudo está no mesmo patamar, nada é verdadeiramente importante. Desta
maneira, a banalização se infiltra por todos os poros da vida.
Tolos!
Eis o que vós sois:
Engodo
artístico, decomposição e nada.
Esqueceram-se da tradição
e destruíram tudo o que
encontraram;
mergulhados em um luto
permanente,
abandonaram de uma vez o culto
ao belo.
Artistas infantilizados
produzem a sua arte “inovadora”:
transgredir por transgredir,
desconstruir por desconstruir.
Conservar é, para eles, um
verbo abominável.
Porém, muito mais abominável
ainda é “arte” que produzem.
janeiro 09, 2016
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Agir conforme as próprias
vontades não requer esforço;
reprimir essas vontades, sim.
O mal se prolifera nos pântanos
da leniência e da tibieza,
enquanto que, para se fazer o
bem, é necessário muita labuta,
muitos esforços, muita
dedicação.
Deixado em seu estado natural,
o homem não é belo nem justo;
da destruição total do passado
não surgirá um futuro augusto.
Uma reengenharia social que
desconheça completamente
a nossa íntima natureza só
piorará tudo.
A nossa luta deve ser
constante!
Devemos buscar a perfeição,
mesmo estando cientes de nossas
imperfeições,
mesmo sabendo que se trata, no
fim das contas,
de uma missão impossível.
janeiro 07, 2016
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Tudo se perde com o tempo:
perde-se a vergonha,
perde-se a fantasia,
perde-se a alegria,
perde-se a vitalidade,
perde-se, aos poucos, a
esperança.
Alguns perdem até os cabelos,
mas não a barriga.
E, se longeva a vida for,
perdemos, inclusive, as pessoas
que mais amamos.
Tal processo, apesar de
doloroso, é imprescindível;
perder é, antes de tudo,
amadurecer.
É preciso deixar para trás toda
a carga inútil,
todo o peso morto;
seguir em frente, até que não
reste mais nada;
só assim conseguiremos chegar,
com altivez, ao fim desta jornada.
janeiro 07, 2016
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