Agora
tanto faz avançar ou retroceder, ir para a direita ou para a esquerda, todos os
caminhos são iguais. Nada nesta vida parece realmente valer a pena. Toda luta é
vã, toda glória é fútil, todo o nosso suor e trabalho inútil. A vida é vazia,
ela não traz em si nenhuma significação. A vida é um abismo, um vasto oceano,
um ermo deserto, a vida não é nada, e, no entanto, ela é tudo.
A antiga fachada, sólida e
enegrecida,
mesmo estando hoje tão
desvalorizada,
carrega em si um prodigioso
saber.
Eras e eras sobrepostas, pedra
sobre pedra.
Construção coletiva,
amálgama edificante,
projeto sem projetista,
conhecimento amontoado,
tudo isso se encerra neste
frontispício.
Para que o novo não nasça com
cara de velho,
é preciso que respeitemos este
antigo edifício.
“Isto matará aquilo. O livro matará o
edifício.”
(Victor Hugo)
Catedral de Notre-Dame de Paris
abril 15, 2015
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A
democracia é, evidentemente, a arte necessária para se chegar à paz. No
entanto, antes de alcançá-la, precisamos percorrer um longo caminho repleto de
conflitos, disputas, concessões, blefes, além de demonstrações de força e de
poder, e, para isso, habilidades como paciência, bom senso, cautela e
perseverança são imprescindíveis. No jogo democrático, assim como na vida,
precisamos lutar incessantemente por aquilo que acreditamos. Diante das
adversidades, a necessidade imperativa de proteger tudo o que nos é mais
valioso deve sempre prevalecer.
abril 15, 2015
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