O que
busco por certo nunca hei de encontrar. Uma dor intensa toma conta do meu ser.
Quero gritar; não há voz. Chorar; secaram-se as lágrimas. Fugir, mas para onde?
Não encontro nenhuma proteção, a não ser aquela que eu mesmo edifiquei.
Filosofia: A aventura do
pensar.
Ser, existir, viver, quem sabe
amar.
Mistério: Busca infinita.
Vida: O que é a vida?
Significado e significante.
Definição: Sempre exasperante.
EQUILÍBRIO
Puritanismo – Libertinismo
Cristianismo – Paganismo
Estoicismo – Hedonismo
Emoção – Razão
Fé – Ciência
dezembro 25, 2014
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Procuro,
mas não encontro; quando encontro, já não mais preciso. Vivo à busca de algo
que dê sentido à minha vida, que faça deste meu itinerário neste mundo mais do
que apenas tempo perdido; um encontro quem sabe com a verdade suprema, isso se
tal verdade de fato exista. A única coisa que sei é que vivo, o motivo não sei,
e por isso prossigo.
dezembro 23, 2014
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Se por
acaso queres conhecer-me, será inútil buscar o sentido existente somente nas
palavras que escrevo, hás de encontrar o significado latente, percorrendo e
analisando as entrelinhas, pois muitas vezes o que se revela não corresponde ao
que somos na realidade, mas sim àquilo que deixamos transparecer aos olhos
alheios. Faz-se necessário buscar o sentido implícito das palavras.
O mais
importante em um discurso não são as palavras, mas decerto o efeito que estas
provocam em seus ouvintes nos momentos de pausa e de silêncio.
dezembro 20, 2014
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A vida é um lodo
nojento e abjeto;
ótimas intenções,
raro amor concreto.
Pouco importa que a alma
seja grande ou pequena;
o fim será igual para todos;
a vida nunca será plena.
Em ilusões eu me afogo
para continuar a viver;
consumido pelo fogo
um dia eu hei de morrer.
dezembro 20, 2014
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Ilha de Vera Cruz, Terra de
Santa Cruz, Brasil,
Ignaro Brasil.
Terra onde, se plantando, tudo
dá,
desde que, afastada a tibieza,
o brasileiro consiga sair do
sofá.
Brasil do eterno futuro que
nunca se realiza.
Um país de todos, mas que,
infelizmente,
está hoje nas mãos de
inescrupulosos.
– Pátria amada, ingrata,
Brasil!
dezembro 18, 2014
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Nas
velhas cercanias, nos casebres carcomidos, nas vastas solidões,
o que
realmente predomina é uma sensação de entorpecimento,
entorpecimento
dos sentidos, dos sentimentos e das ideias.
A
rotina torna-se a sina de uma gente esquecida,
a
sobreviver em um lugar ignoto,
em
busca de um pouco de alegria.
dezembro 09, 2014
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Se não
nos destruirmos antes, poderemos quem sabe um dia povoar a galáxia, criar
inteligências artificiais, prolongar ainda mais a vida. No entanto,
infelizmente, seremos sempre atormentados pelos mesmos demônios e estaremos
sempre enclausurados dentro de nossos próprios limites cognitivos.
É triste
e belo ao mesmo tempo pensarmos que estamos sozinhos no universo. Isso só
aumenta a nossa responsabilidade para com a vida.
dezembro 05, 2014
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No
fundo, todo o arcabouço de nossas convicções e toda a nossa militância, seja
ela em qual campo for, são apenas um pretexto para evitarmos um confronto
direto com o vazio da existência. É melhor e mais fácil lutar contra moinhos de
vento e vociferar contra inimigos extrínsecos a nós do que enfrentar a dura
realidade da vida, realidade esta que não tem nada a ver com ideologias e da
qual não podemos de forma alguma escapar.
dezembro 04, 2014
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Estreita mente que,
seguindo os ditames da moda
ou movida pela inércia,
acomoda-se placidamente.
Num mundo repleto de caminhos,
ela se decide por uma rota
única e irrevogável.
Rodeada por informações e
inovações tecnológicas,
ela se enclausura em um mundo
idílico irreal.
Mente esta que mente para si
mesma,
pois não admite mudanças na
ordem ancestral.
Para ela, a verdade é sempre a
mesma.
O seu mundo, ela assim pensa,
nunca irá soçobrar.
dezembro 03, 2014
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Um pássaro canta;
o vento sopra;
o dia amanhece.
Todo dia é mais um dia,
e a gente não percebe.
Correria, gritaria, agonia,
muita pressa e agitação.
Todo dia é mais um dia...
Dia para errar de novo,
dia para corrigir um erro,
dia para sofrer e amar,
dia de recomeçar.
novembro 28, 2014
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O acaso não possui ocaso.
É um caso de pura contingência,
de uma contingência permanente
e inescapável,
mas jamais premeditada.
novembro 20, 2014
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Quando a miséria lhe alcançar,
lute para se libertar.
Ouça a música que ecoa pelos
corações;
saiba que a vida é muito mais.
Há sempre uma nova chance,
uma nova oportunidade de mudar
o nosso destino,
de fazer diferente.
Basta destruir as amarras,
quebrar as cadeias,
desobstruir os caminhos,
liberar a força guardada,
e cantar o hino que ressoa
pelos séculos,
que retumba em cada gesto de
caridade,
que nos faz verdadeiramente
humanos;
o hino do Amor universal e
incondicional,
o hino da Paz unificadora e
integradora,
o hino da Fraternidade de todos
os povos.
novembro 14, 2014
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Hoje o pagode é quem manda,
cantou mal cantado,
não tem mais coesão, não.
Todo mundo hoje anda
de sorriso maroto e vendo o
Faustão.
Não!
O povo se esqueceu do passado,
e a culpa é dessa tal
de globalização.
Agora é tudo enlatado,
vivemos na era da massificação!
O pensar de você
faz de novo nascer a poesia!
Eu quero ver o nosso samba
florescer
com tamanha alegria!
Eu não vou proibir
se você insistir em cantar
essa música melosa
que no seu rádio toca sem
parar.
Será que ainda dá tempo,
nesse exato momento,
de rever a nossa história. É
hora!
Lembrar do samba esquecido
e também distorcido
que de tanta agonia chora!
Onde ficou toda a beleza
e também a riqueza
do nosso cantar?
Hoje é tudo copiado,
passinho ensaiado,
é só rebolar!
O pensar de você
faz de novo nascer a poesia!
Não quero mais ver
o povo morrer
de cerebral anemia.
É tempo de se avançar
e não se alienar,
vivendo o presente.
Vamos de novo sentir
o prazer de ouvir
um samba decente!
O pensar de você
faz de novo nascer a poesia!
A gente ainda vai ver
a música renascer
cheia de maestria.
Todos vão se lembrar
quando enfim ecoar, de repente,
felizmente!
A voz do povo a cantar
e a liberdade a raiar
pra nossa gente.
O pensar de você
faz de novo nascer a poesia!
Será o fim do sem sal, etc. e
tal...
novembro 13, 2014
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O alegre canto da vitória,
por tanto tempo reprimido,
neste dia aflora!
Muitas foram as angústias
e desventuras do caminho,
mas, enfim, a hora
de extravasar o sentimento
e de com júbilo festejar chegou!
O passado...
Bem, o passado foi-se embora!
novembro 09, 2014
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Lasciva, ardente, libidinosa...
És tu uma vadia toda prosa,
que me faz viver no desatino,
sem rumo e sem destino.
Tu és a febre do meu corpo,
a lepra da minha alma,
o objeto do meu desejo
e também do meu repúdio.
Mulher, por que me olhas?
O que queres de mim?
Eu sei pelo que anseias:
todo o meu ser dentro de ti.
O teu apetite voraz te impele;
queres me consumir por inteiro,
sugar todo o meu cálice,
até a última gota do meu
sangue.
Vem comigo, não percamos tempo,
resguardemo-nos da cretinice
crônica
que assola esta decadente
sociedade
tão racional, ordeira e sem
coração.
Vem, vamos chafurdar na lama
dos nossos instintos naturais;
vamos fazer aflorar nesta cama
a sequela de tantas regras
morais.
novembro 08, 2014
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A amargura engordura toda a
vida.
Por isso, tome cuidado com os
alimentos rancorosos,
aqueles com alto teor de
ressentimento,
e que não contribuem em nada
para uma vida melhor,
pois, ao contrário do que
dizem, estes são de difícil eliminação.
Tenha sempre uma dieta leve,
baseada em bons sentimentos.
O amor, apesar de tudo, ainda é
o alimento mais indicado
para uma vida feliz e saudável.
novembro 01, 2014
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Hoje, ao acordar, olhei-me no
espelho,
e tal foi o meu susto que
empalideci;
aquela não podia ser a minha
imagem,
em qual ponto do percurso eu me
perdi?
Narciso
(Caravaggio, 1594-1596)
|
outubro 30, 2014
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Tal qual um explorador ou
aventureiro,
adentro com minha tocha
flamejante,
pouco a pouco, nos escondidos
mistérios
da gruta obscura e improvável
do teu ser.
Entre estalactites já
sedimentadas,
vou percorrendo as fendas
várias
e as fontes de águas
borbulhantes
do teu agreste e selvagem ventre.
A luz tênue e sinuosa que me
acompanha
nesta minha viagem rumo ao
desconhecido
vai lenta mas prontamente se
extinguindo,
deixando-me só no breu de tuas
entranhas.
E, ao me ver assim solitário e
abandonado,
é que te encontro, como num
sonho, fiel e casta,
envolvendo-me em teus braços
docemente,
revelando-me, na ardência dos
teus beijos, o amor.
outubro 29, 2014
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Abandonado ao sabor dos ventos,
o homem se encontra desolado.
Afundando no vazio subatômico
que separa a matéria,
buscando ouvir a música advinda
das esferas celestes,
ele tenha ordenar o caos e
estabelecer a ordem.
A indiferença e a contingência
são para ele inaceitáveis.
E, nessas condições, qualquer
bote salva-vidas é muito bem-vindo.
outubro 28, 2014
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Nas asas da imaginação,
no empíreo céu profundo,
neste ou em outro mundo,
pulsa um pobre coração,
vivendo a eterna incompletude
de um amor tão triste e rude
que o tempo um dia há de
apagar,
quando enfim, cansado,
descobrir
que tudo não passara de um
sonho,
de uma mera ilusão.
outubro 28, 2014
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A riqueza do momento
está na intensidade;
se vivido com vontade,
eterno há de se tornar.
Quem me dera compreender
essa contínua passagem,
nesta nossa longa e louca viagem,
que nos faz sorrir, sofrer e
amar.
outubro 25, 2014
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outubro 25, 2014
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Mulheres...
Muitos são os perfumes
e as diferentes cores
dessas belas flores!
Muitos são os amores,
e não menos os dissabores
que trazem no coração.
Oh, doce ilusão!
outubro 23, 2014
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As escopetas e os traficantes
assinalados,
que das favelas cariocas se
espalham
pelos becos nunca d’antes
patrulhados,
ceifam vidas e famílias
estraçalham
por balas perdidas, jovens
silenciados,
e assim nos corações sofridos
entalham
a marca a ferro e fogo que se
perpetua:
o crime organizado, a maldade
nua e crua.
outubro 22, 2014
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Qual o grande mistério da vida?
Qual é a causa primeira de
tudo?
A força que sustenta o mundo?
Quem irá compreender...
O que faz germinar a semente?
O que faz deste mundo demente?
Quem saberá responder...
outubro 20, 2014
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Se
tomarmos por base a seguinte definição para a nossa atual vida moderna: Vida – aquilo que fazemos entre uma
obrigação e outra. Teríamos dessa maneira, uma evidenciação do caráter
fragmentário que permeia a nossa existência nesta nova era pós-moderna e
globalizada. A vida, por assim dizer, deixou de ser um continuum de vivências e aprendizados, para tornar-se um amontoado
de pequenos pedaços, tal qual uma colcha de retalhos, onde privilegiamos apenas
os momentos prazerosos e felizes, descartando tudo o mais como desnecessário e
inútil para as nossas vidas. Neste ponto, nos defrontamos com uma míope
valoração da existência apenas de acordo com aquilo que ela pode nos oferecer
de melhor. Achamos que a vida possui um valor menos apreciável quando estamos
trabalhando, estudando ou fazendo algo que nos é compulsório. Queremos
vivenciar somente as experiências obtidas em nossas horas de folga, entretenimento
e de descanso. Sonambulamente passamos pelas nossas obrigações e deveres,
abrindo somente os olhos para ver o que é do nosso deleite. Porém – cabe agora
o seguinte questionamento – não teríamos um acréscimo substancial de qualidade
de vida, se aprendêssemos a aproveitar o todo ao invés de nos atermos apenas a
alguns breves momentos de alegria. A vida é composta por uma miríade de
momentos, momentos estes que não podem ser integralmente de felicidade.
outubro 19, 2014
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Bebamos do doce cálice do amor
que a nós divinamente se
derrama.
Regozijemo-nos,
pois os doces prazeres da vida
nos são ofertados a cada dia.
Sintamos o eflúvio divinal,
o sabor extasiante,
a visão entorpecente
desta flor que nasce e morre,
deste sentimento inominável
e, ao mesmo tempo, delicioso.
Brindemos ao doce cálice do
amor!
outubro 16, 2014
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Oh, Supremo Congregante,
eu sei que tudo na vida é
vaidade,
tudo é efêmero como o vento que
passa.
Minha vida neste mundo não é
nada.
Porém, tal como Sísifo, estou
condenado;
mal sacio o meu desejo, outro
surge mais voraz.
Quando, após muita labuta,
alcanço uma meta,
ela me parece pequena e
desimportante.
E assim prossigo a minha longa
jornada,
mesmo sabendo que ao fim dela,
quando tudo realmente se silenciar,
não receberei nenhum prêmio,
muito menos consolação alguma,
estarei sozinho e isso será
tudo.
outubro 15, 2014
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Ecos do passado, fragmentos ao
luar,
lembranças de um tempo a se
esfarelar.
Vida cumprida ao rigor da
estação:
hoje, primavera; amanhã, outros
dias virão.
Lágrimas derramadas, tempo
perdido.
Sorriso refeito, um dia, um
amor, um amigo.
Flores, odores, sabores,
rancores,
tudo ao vivo e em cores.
Divagar, devagar, louco cantar.
outubro 13, 2014
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