Descalço o homem repisa o chão
já cansado.
Um caminho se lhe apresenta:
continuar,
- mas como? -
se seus pés maltratados
imploram por um oásis,
um refrigério, um sonho-ilusão,
vida-doce-canção.
Marginalmente esquecido,
necessita reaprender a olhar,
desapegar-se da dolce vita que tanto sonhara
para poder viver a experiência,
ao mesmo tempo
aterrorizante e esplêndida, da
realidade.
Numa confluência inesperada,
mundos distintos:
- o racionalismo totalizante da
vida;
- o escapismo transcendente da
imaterialidade.
Mais do nunca é preciso
reinventar-se.